No dia 1º de dezembro é celebrado o Dia do Avaliador de Penhor. A data é comemorada em homenagem ao dia de Santo Elói, padroeiro dos joalheiros e ourives, mas também conhecido como protetor dos Avaliadores de Penhor. Para comemorar a ocasião, a ANACEF preparou presentes especiais para os associados. Os Avaliadores poderão escolher entre um caderno inteligente e uma caneca personalizada.
O caderno conterá informações importantes para auxiliar na atividade de avaliação (fórmulas e tabelas de densidade, estimativa de peso de gemas, pérolas, relógios de bolso e pulso, entre outras informações úteis) e, como as folhas são destacáveis, poderá ser utilizado e reutilizado da forma que cada um preferir. Para ter acesso ao brinde, é necessário estar em dia com a mensalidade e preencher o formulário clicando aqui, informando o item de sua escolha e o endereço de entrega.
O que é ser Avaliador de Penhor?
Ainda dentro das comemorações, a Associação reuniu testemunhos de colegas de várias regiões do Brasil sobre ‘O que é ser Avaliador de Penhor?’. A iniciativa de conhecer as experiências dos profissionais visa ampliar a compreensão sobre a atividade e trazer novas perspectivas sobre o assunto. Isso porque a atividade de Avaliador atravessa os séculos na Caixa, sendo repassada de profissional para profissional, de modo que os mais experientes transferem seus conhecimentos aos mais novos. Por isso, é preciso entender um pouco da história da profissão e sua evolução.
Desde que Dom Pedro II assinou o decreto 2.723 que aprovava a criação de uma Caixa Econômica e um Monte de Socorro na Corte, em 1861, a atividade vem demonstrando seu valor social, contribuindo para a ampliação e democratização do acesso ao crédito.
“Nossa atividade entrega valor à sociedade, porque além de ajudarmos os clientes que muitas vezes não tem acesso a outras linhas de crédito, acabamos fazendo um papel social. Mas também gerando valor para a empresa, tornando o Penhor rentável com a dedicação que trabalhamos. Por ser uma empresa pública, esse resultado que trazemos, acaba retornando para a sociedade.
Então somamos valor à sociedade de várias formas e eu tenho muito orgulho disso”, comenta o avaliador Welton, da Agência Miguel Sutil (MT).
A Caixa Econômica Federal (CEF) atua com exclusividade na operação de empréstimos sob penhor desde 1934, quando o Decreto 24.427 foi instituído para inibir a agiotagem e os abusos financeiros praticados por casas de penhor particulares. Assim se consolida no Brasil a atividade de Avaliador de Penhor sob um viés peculiar: atender os critérios de avaliação da Caixa, mas com base nos padrões do mercado nacional e internacional.
“Ser avaliador é muito mais do que identificar ligas metálicas pelas reações com as soluções; é mais do que identificar diamantes, ou distinguir relógios de suas réplicas. Significa utilizar todo esse conhecimento para atender às expectativas dos clientes. Apesar de ser o setor que mais difere dos outros na Caixa, o objetivo é o mesmo: fornecer a ajuda e o crédito que o cliente necessita através de nosso conhecimento”, comenta Eliza, da Agência Heitor Penteado (SP).
“Ser avaliador é mais do que simplesmente conceder um empréstimo. É receber em confiança os tesouros carregados de histórias e emoções dos clientes e contribuir para o alcance de novos sonhos.”, diz Denise, da Agência Coqueiros (SC).
A complexidade que envolve a entrevista, o cadastro, o fornecimento de informação para o interessado, além da avaliação dos bens e seu acondicionamento torna as vivências da profissão cada vez mais desafiadoras, mas, ainda assim, cheias de satisfação.
“Quando passei na prova do penhor, senti um orgulho imenso! Sempre admirei os Avaliadores de Penhor, são profissionais respeitados e de conhecimento específico. Ao fazer o curso, pude entender que a história da CEF inicia com o Penhor, um papel social fundamental para a nossa nação! Tenho muito orgulho de fazer parte desse time de Avaliadores de Penhor! Meu agradecimento aos instrutores e aos colegas que estão sempre compartilhando conhecimentos!”, descreve Lígia, Agência Bonsucesso (RJ).
“Orgulho por ser uma engrenagem nessa máquina gigantesca que ajuda o País a ir para frente, moldando até mesmo políticas públicas de crédito. Nós, Avaliadores e Avaliatrizes, atendemos do empresário até o vendedor ambulante, ajudando a todos em seus propósitos. E mais, emprestando nossa força a vencer essa catástrofe que assolou o planeta, alguns ficaram para trás, deixo uma honrosa lembrança aos colegas que se foram, infelizmente. Antes de ser funcionários da CEF, somos fulano, beltrano e ciclano do Penhor, é nosso sobrenome social. Essa atividade técnica que a cada dia nos ensina algo novo e surpreendente. Vida longa ao Penhor Caixa e a cada um de nós e que venham novos desafios.
Estaremos sempre a postos e prontos!”, acrescenta Márcio, da Agência Pedro Miranda(PA).
Além da força social e econômica da atividade, outros colegas encontram na profissão um propósito de vida. A valorização das amizades e do valor humano vai além do vínculo profissional.
“Para mim ser Avaliadora é sempre ir além! Muito além da banca, da rotina, do conhecimento bancário. E as amizades? Elas são muitos especiais! Minhas inspirações profissionais e humanas são meus colegas e amigos Avaliadores!”, descreve Luiza, da Agência Toledo(PR).
“Ser avaliador é adorar o que faz e não se imaginar fazendo outra coisa”, diz Miguel, da Agência Rosa da Fonseca (AL).
Por fim, diante da mais recente ameaça de quebra do monopólio sobre as operações de Penhor, depoimentos como o do colega Tulane, que detém larga experiência na função, além de um histórico de luta em defesa do Penhor e dos empregados da Caixa, nos inspiram a seguir em frente.
“Ser Avaliador de Penhor de Joias, é se identificar com a própria história da CEF, é sempre lutar pela melhoria do setor, é ser amigo e confidente do cliente, para além da relação comercial. Ingressei na CEF em novembro/1989, vindo de 9 anos no magistério. Entre outubro e dezembro de 1990 fiz o curso de Avaliador. Desde então, sempre exerci a função até me aposentar em novembro/2019; nunca quis outro cargo, mesmo sendo convidado para tentar outras áreas. Como Avaliador temos oportunidade de ouvir, aconselhar e participar de muitas vidas que sentam à nossa frente. Vindo do magistério, a paixão por compartilhar conhecimento e experiência, me fez interessar pela instrutoria. Assim, colaborei com a formação de colegas Avaliadores e Caixas Executivos.”, comenta Tulane, Avaliador e Instrutor aposentado de Cuiabá (MT).
Festa de despedida: à esquerda, Tulane e Céfora, Avaliadora aposentada.
À direita, Tulane e sua esposa.
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